(Des)acordo Ortográfico por um sábio, o Eduardo Pitta.
Quem me lê sabe que escrevo de acordo com o pré-Acordo. Dito de outro modo, com a grafia “antiga”. A excepção são as crónicas (e outros textos) que publico na LER, porque, tendo a revista adoptado a nova grafia, autorizei a conversão dos textos.
Muita gente — alguma com pergaminhos académicos — julga que o Acordo Ortográfico, que os media citam sempre como “Novo”, foi inventado anteontem. Sucede que o Acordo Ortográfico foi aprovado em 1990, mais exactamente no dia 16 de Novembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Após a independência, Timor também o adoptou. Foram entretanto aprovados “Protocolos modificativos”, sucessivamente ratificados por Portugal, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Timor e, no dia 7 do mês passado, Moçambique. Falta Angola.
Deus-do-céu, mais Eduardos, menos Graça Mouras, please!