23 April 2013

Because I love everything Russian


Desenvoltura e elegância são apenas duas das qualidades do embaixador russo nos Estados Unidos, quem veio ontem palestrar na faculdade onde trabalho. Como diz o ditado, “é vivendo e aprendendo”.  Aprendi com o embaixador algumas coisas que não sabia como, por exemplo, que Stalin era da Geórgia e não da Rússia. É que eu como muitos, creio, quando penso na União Soviética, suponho de imediato que todos eram russos. Enfim, esse é o tipo de informação que a ninguém interessa, que não vai trazer nenhuma mudança no mundo ou impactar o curso da história. Mas sou do tipo de pessoa que adoro saber desses pormenores insignificantes. Acho que aprendi isso como o senhor meu pai que também é dado a coisas do gênero. O pai, por exemplo, às encuca com palavras estrangeiras simplesmente porque a ele o som parece divertido. Vive repetindo o tête-a-tête que ouvia quando crianças em suas aulas de francês. Mas voltando ao embaixador russo, ele também falou da atualidade, do conflito na Síria, e obviamente disse que a Rússia não apoia o regime de Assad como creem os americanos. Afirma que a Rússia “entende” que há duas forças, praticamente movidas pela religão, na  Síria, e que transferir o poder ao outro lado só mudará o alvo das mortes. Disse que é necessário haver uma conversa diplomática para resolver a questão. Isso foi de espantar. Como é que a Rússia agora se tornou tão diplomática? Embora a diplomacia deva ser sim o melhor caminho para se lidar com as questões políticas, o caso da Síria exige – todos com bom senso hão de concordar -  medidas drásticas!