Desenvoltura
e elegância são apenas duas das qualidades do embaixador russo nos Estados
Unidos, quem veio ontem palestrar na faculdade onde trabalho. Como diz o
ditado, “é vivendo e aprendendo”. Aprendi
com o embaixador algumas coisas que não sabia como, por exemplo, que Stalin era
da Geórgia e não da Rússia. É que eu como muitos, creio, quando penso na União
Soviética, suponho de imediato que todos eram russos. Enfim, esse é o tipo de
informação que a ninguém interessa, que não vai trazer nenhuma mudança no mundo
ou impactar o curso da história. Mas sou do tipo de pessoa que adoro saber
desses pormenores insignificantes. Acho que aprendi isso como o senhor meu pai
que também é dado a coisas do gênero. O pai, por exemplo, às encuca com
palavras estrangeiras simplesmente porque a ele o som parece divertido. Vive
repetindo o tête-a-tête que ouvia
quando crianças em suas aulas de francês. Mas voltando ao embaixador russo, ele
também falou da atualidade, do conflito na Síria, e obviamente disse que a
Rússia não apoia o regime de Assad como creem os americanos. Afirma que a
Rússia “entende” que há duas forças, praticamente movidas pela religão, na Síria, e que transferir o poder ao outro lado
só mudará o alvo das mortes. Disse que é necessário haver uma conversa
diplomática para resolver a questão. Isso foi de espantar. Como é que a Rússia
agora se tornou tão diplomática? Embora a diplomacia deva ser sim o melhor
caminho para se lidar com as questões políticas, o caso da Síria exige – todos com
bom senso hão de concordar - medidas
drásticas!