30 December 2010

DOIS "Nada a Dizer" - tudo dito




Quiça o título mais apropriado desse post fosse "erros deliciosos." Só uma divagação. Explico. Dada a dificuldade em encontrar nos Estados Unidos livros brasileiros ou portugueses que acabaram de ser lançados, às vezes preciso fazer o que aqui se chama de interlibrary loan (empréstimo entre bibliotecas). Ou seja, a biblioteca da universidade daqui pede o livro emprestado a outra biblioteca que o tenha. Isso funciona muito bem. Um espectáculo. Enfim, havia lido algures na blogosfera a respeito do livro Nada a Dizer de Elvira Vigna. Como ainda não o tínhamos na nossa biblioteca, requisitei-o então via o interlibrary loan. Um livro de outra biblioteca vem sempre embrulhado num papel com os dados da biblioteca que o empresta a fim de se evitar confusão para a biblioteca que o recebe e o repassa ao leitor. Dois dias depois, recebi o livro (as vantagens do primeiro mundo são inegáveis por mais que repudiemos outras coisinhas). No papel que cobre a capa do livro diz:

title: Nada a Dizer
author: Vigna, Elvira

Mas mesmo o primeiro mundo tem que ser governado por humanos; portanto, erra-se. Na primeira página do livro, li logo o nome Marcelo Sahea. Pois o livro não era o de Vigna; era dele. Um livro de poesia e poesia visual. Seja como for, adorei. Recomendo.